Padre Lucas Altmayer, 28/10/2025 09:16
Hoje, a Santa Igreja, com a majestade de sua liturgia, proclama diante do céu e da terra: Cristo é Rei! Rei dos reis, Senhor dos senhores, dominador dos séculos, soberano das nações e o único e verdadeiro Rei deste mundo.
Mas este reinado de Cristo, meus caros não é um adorno devocional. Não é uma metáfora. É um reinado real, concreto, absoluto e inegociável. Cristo é Rei das almas e dos corpos, das consciências e das leis, das famílias e dos Estados. E quem não o reconhece como tal, coloca-se sob outro senhor: o pai da mentira.
O Reino de Cristo é o reino da Verdade, o reino da Sinceridade. Mas atenção: não apenas da sinceridade das palavras e sim da sinceridade da vida, da coerência entre o que se crê e o que se vive, entre o Evangelho que se professa e a conduta que se pratica. Cristo reina sobre as almas sinceras, sobre os corações retos, sobre os que não fingem, sobre os que vivem à luz da verdade, mesmo quando isso lhes custa. Ele é Rei dos que não se escondem atrás de máscaras, dos que não usam a fé como ornamento, mas como cruz e coroa. Nada é mais contrário ao reinado de Nosso Senhor que o fingimento e a mentira!
A sinceridade cristã não é sentimentalismo: é vida verdadeira, conforme à lei natural, à ordem divina, aos mandamentos de Deus.
Quem é sincero diante de Deus não negocia princípios, não se curva ao mundo, não teme ser impopular. Porque a verdade, meus caros, é o cetro de Cristo Rei.
Mas se Cristo tem o seu Reino, o Anticristo também tem o seu. E o Reino do Anticristo é o reino da mentira. Vivemos hoje mergulhados nesse reino de falsidade, construído pedra sobre pedra pela Revolução, essa obra infernal que, desde o século XVIII, vem tentando destronar Jesus Cristo e entronizar Satanás sob o disfarce da “modernidade”.
A Revolução Francesa, essa filha dileta do inferno, ergueu seus três ídolos: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Mas todos eles, meus amigos, são mentiras! A liberdade moderna é mentira, porque não liberta do pecado, mas liberta para o pecado; a igualdade moderna é mentira, porque nivela o homem por baixo, destrói a ordem, nega as hierarquias naturais e a vontade de Deus; a fraternidade moderna é mentira, porque quer unir os homens excluindo o Pai , o Pai Eterno, e, portanto, transforma-se em um disfarce da rebelião. Desde então, o mundo vive um processo contínuo de destronamento de Cristo: Foi expulso das escolas, foi expulso das leis, foi expulso das famílias, foi expulso dos governos e, agora, ouso dizer, tentam expulsá-lo até da Igreja!
Querem uma Igreja sem dogmas, sem moral, sem cruz, sem doutrina. Querem uma Igreja que sorria para o pecado, que abençoe a desordem, que se ajoelhe diante do mundo e peça desculpas por ser divina! Querem que o Papa peça perdão ao mundo moderno, quando na verdade o mundo moderno é que deveria rastejar de joelhos diante de Cristo Rei! A Liturgia moderna é una mentria: a missa não é para o povo, a comunhão não deve ser recebida na mão e a Eucaristia não é um simples símbolo da Santa Ceia.
O Demônio tem um trono e ele se chama modernidade, este reino em que tudo é uma mentira! Mas nós sabemos, e proclamamos com fé inabalável: Non praevalebunt! As portas do inferno não prevalecerão!
Cristo não renuncia ao Seu trono. Cristo não abdica. Cristo não negocia Sua coroa. Cristo continua Rei, mesmo quando os homens fingem que Ele é um prisioneiro do passado.
Portanto, caríssimos, nunca, jamais, em hipótese alguma, o católico pode habitar o reino da mentira. Não se entra no campo do inimigo para dialogar. Não se negocia com o erro. Não se adorna o veneno da heresia com as flores da diplomacia. Não se pode servir a dois reinos. Ou estamos com Cristo, no Reino da Sinceridade, da Verdade, da Lei Natural, da Cruz e do Evangelho, ou estamos com o Anticristo, no reino da mentira, da aparência, do relativismo e da revolta.
O católico que entende isso perde menos tempo! Perde menos tempo tentando agradar o mundo, menos tempo justificando omissões, menos tempo pintando de dourado o que é podridão. Porque no fim, meus irmãos, ou Cristo reina, ou Ele é crucificado. Não há meio termo. Não há neutralidade. Não há conciliação possível entre a luz e as trevas.
Hoje, diante do trono de Cristo Rei, cada um de nós deve decidir com a seriedade dos mártires e a coragem dos santos, de que lado está. Do lado do Reino da Sinceridade, que é o Reino de Cristo, ou do reino da mentira, que é o reino da Revolução, do mundo e do demônio. Mas lembremo-nos, meus caros: o reino da mentira passará. Todas as coroas dos poderosos modernos cairão no pó.
Todas as ideologias, todas as revoluções, todas as modas, todos os falsos deuses serão esmagados sob os pés do Cordeiro. E então ressoará, por toda a eternidade, o hino dos santos e dos anjos: “Christus vincit, Christus regnat, Christus imperat!” Cristo vence, Cristo reina, Cristo impera!